sábado, 30 de novembro de 2013

FOTOS: INDO PRO MOUCO 30/11/2013

Mais uma vez estou eu aqui mostrando as minhas fotos que refletem o mundo em que estou vivendo agora. Desta vez eu fui até o Mouco (aqui se fala 'môco') com a minha mãe e meu primo Albino (não, ele não é branco, é o nome dele mesmo). Essa é uma região assim como o Sítio de Fora, uma espécie de bairro que difere um lugar do outro. Minha mãe precisava comprar um pouco de coentro e no Mouco mora uma mulher conhecida como Fafá e seu marido que vendem por um preço módico. Estas são as fotos que tirei durante a caminhada até lá, que fica a alguns quilômetros do Sítio de Fora, da casa de Fafá, e de algumas mais que tirei durante a volta.


Ovos secos e vazios de Nambu (ou Iambu), pássaro de porte pequeno e sem cauda.


Adorei os caminhos mais fechados que lembravam bosques.


Um cupinzeiro. Ele parecia um enorme ovo de terra!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

FOTOS: AQUI DO LADO 28/11/2013

Resolvi dar uma volta aqui perto de casa, ir além de onde eu já tinha ido, e descobri algumas coisas interessantes.


Perto de casa ficam alguns terrenos do meu tio Leonardo que ele costuma usar para deixar seus bodes e cabras. Por causa disso, chamo a vereda que leva até lá de Caminho dos Bodes, e, consequentemente, o morro de Alto dos Bodes. Esta é uma vista de lá de cima, mostrando o Caminho dos Bodes abaixo.


Alto das Pedras, nas terras de Josias. Visto do Alto dos Bodes.


O vale visto do Sítio de Fora.


O alto da serra.


A região além da serra, entre as terras de Josias e as terras do finado Zé Pinheiro.
Mais ao fundo está Jaguaribe. A cidade fica mais para a direita (norte), não sendo possível vê-la.


A casa e o sítio de Josias, ainda no Alto dos Bodes.


O limite do Alto dos Bodes, descendo para o vale logo abaixo.


Vista da serra.


Pro outro lado, a Pedra de Bico.



Antes de chegar nas terras de Raimundo de Melquide, da família Martins, parentes da finada Dona Lô, encontrei esta porteira que sai por uma vereda. Pelo que se sabe, antigamente se utilizavam terras mais dentro da mata para cultivo, deixadas de lado nos dias de hoje. O que há no fim deste caminho é um mistério...



O Alto dos Bodes é repleto de pedras grande com terra arenosa,
há algumas árvores e um punhado de plantas, no entanto, é uma área bem aberta.


Pé de Jurubeba (Solanum paniculatum L)
Possui fruto comestível de sabor amargo muito semelhante a uva, a qual também se pode fazer vinho ou cachaça. O chá dessa planta serve para o fígado, entre outras coisas.



O Alto das Pedras, agora, mais perto, nas terras de Josias.


O Sítio de Josias do Alto das Pedras.


Cebola-Brava, espécie Habranthus, família das herbáceas.
(Não consegui encontrar o nome completo, pois parece que esta em específico ainda não foi catalogada corretamente).
Não confundir com o Lírio Branco, da espécie Liliun!

Esta é uma planta típica de locais secos e ensolarados como o nordeste. Durante a estiagem, ela seca, retendo os nutrientes apenas em seu bulbo. Quando chove (faz uns vinte dias e poucos dias que houve uma chuvinha considerável em praticamente todo o estado), ela cresce novamente, desabrochando suas flores. Consegui pegar esse momento especial!

Curiosidade: Na época em que existiram índios nos sertões,
eles usavam uma toxina encontrada no bulbo da Cebola-Brava em suas flechas.



O cume do Alto das Pedras das terras de Josias.


Esta aqui é um perigo!
Meus pais me disseram que esta plantinha pequenina que cresce sorrateiramente em vários lugares, até mesmo junto de outras plantas, é chamada de Urtiga nesta região! Ela não é a mesma plantas que cresce como arbusto, no entanto, seus pelos possuem o mesmo efeito urticante e é melhor não chegar perto!


E não é que encontrei uma urtiga crescendo perto de casa no caminho de volta?!

domingo, 24 de novembro de 2013

FOTOS: JAGUARIBE 24/11/2013

Meu pai queria trazer Adália, a tia dele, para passar um ou dois dias aqui no sítio e por isso fomos até Jaguaribe, cidade vizinha a Pereiro, para visitá-la, e aproveitarmos a rápida passada para irmos a feira jaguaribense e comprar o macaco hidráulico do HUX, nosso carro. Infelizmente ela não estava bem disposta, estava mal de um dos pés e preferiu não vir, uma vez que além de vir ao sítio, queria visitar outros parentes daqui de Pereiro. Enquanto isso, fui tirando algumas fotos. Aqui vocês conferem as flores do quintal de Dona Adália, e algumas outras fotos tiradas em Jaguaribe.









Olha o HUX ali!


Adoro tirar fotos de gatos, isto é, quando eles deixam...


Panorama tirado próximo a casa de Adália, que fica ao extremo da cidade, a nordeste do centro, região que está em construção.


Esta foto foi tirada numa praça próxima a feira de Jaguaribe, com o Palácio da Intendência ao fundo.


Interessantes essas estruturas...


Foto tirada no meio da feira de rua de Jaguaribe. Não gostei muito da qualidade dos produtos, além de termos sidos lesados em R$1 na hora do meu pai comprar maçãs e termos esquecido de levar uma meia melancia que já havia sido paga...


Era aquela meia melancia ali, à esquerda, que ficou...


O Mercado do Peixe de Jaguaribe, uma estrutura novinha muito mal aproveitada.

Não sei como as pessoas compram comida nesses lugares!

A VERDADE NUA E CRUA: A falta de higiene e cuidado está presente em todos os lugares! Tanto aqui quanto no, argh!, mercado municipal de Jaguaribe! Meu pai passou no mercado municipal pra poder se aliviar e acabei aproveitando pra ir também... PQP! Que nojo, a m&rd@ tava boiando na privada, não havia descarga e, ainda por cima, havia um cano desperdiçando água, molhando o chão! Por um acaso, o mercado é usado como açougue, tem vários cortes de carnes... daquele jeito que você não tem a mínima vontade de comprar! Meu pai, já acostumado com esse tipo de compra, foi lá comprar um pouco de carne... Ainda bem que eu não como desse tipo de carne! No Mercado de Peixes, pensei que por ser um lugar mais novo, um estrutura mais limpinha, estaria melhor... Ledo engano! A forma de exposição das carnes é praticamente a mesma, sem contar que alguém, após ter tirado a carne dos peixes, deixou os restos de vários deles no meio do chão. O que me leva a relatar sobre outro problema em Jaguaribe, o lixão a céu aberto na Rodovia BR116. Ali, sem nenhum cuidado, o lixo é depositado e falsamente compactado, se você observar o lado oposto da rodovia, você verá diversas sacolas plásticas penduradas pelo vento nas plantas que ali estão... Falem sério! Isso não pode ser normal! Não faria nenhum mal Jaguaribe ser melhor organizada, muito se perde com a administração falha de seus comerciantes, lugares que poderiam ser mais bem cuidados, limpos, apresentáveis... Isto sem contar no calor! Tudo bem que o governo não tem nada haver com isso, entretanto, mesmo se você estiver na sombra, o sol que bate no chão é tão forte que parece estar queimando seu rosto. Enfim, foi uma experiência nada agradável conhecer essa parte de Jaguaribe!


Um gatinho (ou gatinha?) solitário, próximo ao Mercado do Peixe. Não sei porque ele estava ali, mas me deu muita pena dele. É sempre triste pensar que você também faz parte das pessoas que não fazem nada para ajudar a vida animal...



Compramos o macaco hidráulico do HUX! E também a chave de roda, que tava precisando! Além disso, também compramos um pouco de graxa e um desodorizador pro HUX ficar cheirosinho por dentro!

É a segunda vez que vou a casa de Dona Adália, é uma pena que Jaguaribe não seja uma cidade tão boa pra se estar... Eu tinha ficado feliz e entusiasmado quando vi uma banca de jornal próximo a feira, não comprei nada, mas só pelo fato de ali haver uma banca de jornal, já me deixou muito feliz.

Espero que tenham gostado das fotos e que entendam a minha crítica a cidade, nem mesmo São Paulo escaparia de umas poucas e boas! Se algo puder ser feito, que seja feito o quanto antes! Ficar esperando que tudo se resolva com o tempo quando ninguém percebe essas falhas só perpetua a irresponsabilidade da população e do governo...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

VERDADE NUA E CRUA: NÃO SOU FELIZ

VERDADE NUA E CRUA: NÃO SOU FELIZ

            Você que é feliz, ou finge que é, e procura pela felicidade; você deve ser saber do que estou falando. Minha mudança de São Paulo, capital, para Pereiro – Ceará, não foi das melhores e até agora, mais de quatro meses depois, ainda não me sinto bem. Eu não era feliz antes, ser feliz é sempre relativo, no entanto, eu tinha coisa, pequenas coisas, que me faziam feliz e hoje acho que sinto muito a falta delas. Sinto falta do clima doido da minha cidade natal, das suas ruas, do urbanismo natural dela, aquilo que fazia São Paulo ser o que era pra mim. Não sei ao certo do que sinto falta, eu apenas sinto que não faço parte deste lugar, desta cidade atrasada (sim, em comparação as demais cidades próximas como Jaguaribe, São Miguel e Pau dos Ferros, Pereiro é uma cidade que não progrediu muito).

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

SONHOS IV

SONHOS IV

Escrito por: Victório Anthony



            Pela manhã, ele comentou na publicação de um amigo escritor e roteirista de quadrinhos nas redes sociais:

            — Bom dia — dizia o amigo.

            — Bom dia! Preciso falar com você, tem um tempinho? Prometo ser breve...

            E a conversa continuou pelo bate-papo:

            — A conversa vai continuar por aqui...

            — Tudo bem? O que você quer?

            — O que acha desses desenhos?

            Algumas imagens foram subidas e visualizadas.

            — Mas isso é? São ótimas ilustrações, você que fez?

            — Não... São para a sua história em quadrinhos.

            — Como assim? Não estou entendendo.

            — Quero lançar os seus roteiros de quadrinhos...

            — Entendi menos ainda.

            — Heheh, eu mandei fazer algumas ilustrações pra saber a sua opinião, se está bom o suficiente para ser publicado.

            — Você mandou? Então está pagando um desenhista pra fazer os quadrinhos?

            — Sim, sim. Quero publicar seus roteiros originais.

            — Que ótimo! Mas, isso não vai sair caro?

            — Possivelmente, mas espero recuperar logo assim que distribuir pelas livrarias, bibliotecas e eventos por todo o Brasil.

            — Brasil? É sério isso?

            — Seriíssimo! Claro, antes de tudo, quero firmar contrato com você. Quero publicar todos os seus trabalhos.

            — Tem certeza disso? Nem todos os trabalhos estão prontos e...

            — Não precisa se preocupar com isso, o que precisar ser modificado, adaptado, atualizado, será. Tudo no seu devido tempo. Aliás, sabe aquela sua websérie?

            — Você quer publicar?

            — Mais que isso... Nossa! Mal posso me conter. Eu ADORO ela e, sabe, uma adaptação animada seria perfeita! O que acha?

            — Isso não seria um exagero?

            — Claro que não! Vai demorar ainda um tempo pra conseguir fazer todas as adaptações, produzir todas as cenas, desenvolver os mapas, os conteúdos, juntar a equipe certa e ainda fazer tudo em tempo recorde, mas a sua obra merece! Expandir uma história além de seus horizontes é o que o Brasil precisa para que mais investimentos sejam feitos na área. Por mais que não dê certo e não seja o momento ideal para seguir com o projeto no mercado atual, eu quero arriscar, quero me comprometer com a literatura fantástica nacional e explorar cada possibilidade. Certo, vai levar um bom tempo pra conseguir finalizar a temporada, no entanto só de conseguir produzir o primeiro capítulo. Nossa! Não me aguento...

            — Poxa, obrigado... Tem certeza de que consegue fazer isso? Tudo isso?

            — Em breve estarei na sua cidade pra firmar contrato! Meu telefone é (11) XXXX-XXXX. Só te peço um pouco de paciência, o escritório tem funcionado a milhão!

            — Sei... Preciso ir, já deu a minha hora.

...

            Em outro dia, novamente pela manhã, ele começou uma nova conversa numa nova publicação de “Bom dia”:

            — Ei?! Bom dia! Escuta isso aqui?! — o comentário foi escrito com um link para um vídeo.

            — Depois eu vejo, tenho pouco tempo...

            — Veja agora! Prometo que não vai tomar muito do seu tempo!

            O comentário ficou sem resposta. Ele partiu pro trabalho e, depois do meio-dia, resolveu entrar nas redes sociais. Antes, porém, verificou o e-mail. Na caixa de entrada ele encontrou milhares de comentários ansiosos para saber mais sobre os roteiros para quadrinhos, procurando saber mais dos livros que ele escrevia e querendo saber se uma série com o nome da história que ele estava escrevendo seria lançada. O escritor se assustou:

            — Mas o quê?!


            Ele não pode verificar tudo, tinha pouco tempo e logo saiu, sem conseguir entrar nas redes sociais com tanto e-mail recebido.

            “O que será que aconteceu?”, perguntou-se ele, “De onde saiu tanta gente?!”

            Após o trabalho, ele foi pra faculdade, se questionando sobre o acontecido:

            “Aquele vídeo... Será que foi ele? Isso pode acontecer?”

            Ele esperou, teve paciência e mais tarde, chegou em casa preocupado:

            “O que diabos está acontecendo?”, disse ele verificando ainda mais e-mails na caixa de entrada.

            Deixou aquilo de lado e foi para as redes sociais: “Não é possível!” Havia muito mais notificações esperando por ele. Confuso e atordoado, ele procurou a publicação da manhã no meio de tanta informação. Finalmente encontrando, clicou no link e se deparou com algo inimaginável:

            “Não acredito... É perfeito! Os detalhes, as cores, os sons... Meu deus!”

            O que ele via na tela do computador era uma animação com uma música que misturava guitarra elétrica, baixo e bateria com violino, uma música forte, enérgica e ao mesmo tempo apaixonante. A animação que ficava de fundo mostrava perfeitamente seus personagens principais, desenhados com um traço detalhado e limpo, um perfeito animê.

            “Não é possível!”

            Ele nunca escutara algo assim antes e ainda era acompanhado de uma animação que seguia como roteiro a sua história! Não havia palavras para descrever a sensação de satisfação, curiosidade e apreensão. Aquilo era o que todo escritor poderia querer, sua obra ganhando novos ares!

            No bate-papo, o amigo que comentou o link apareceu:

            — E aí? Já viu? Já viu? Todo mundo está adorando o vídeo!

            — Eu vi...

            — E aí? Gostou? Heheh, eu não sabia se estava bom o bastante pra encaminhar a história, mas fica como uma introdução. Logo o resto, com a sua supervisão e a minha será encaminhada. Aliás, queria que você me ligasse, preciso saber o seu endereço pra poder encaminhar os documentos, fazer toda a burocracia. Vai dar muita dor de cabeça, um trabalhão desgraçado, mas você vai ver, vai dar tudo certo!

            — Está ótimo...

            — Que bom! Esse será um grande começo! Tenho tantas ideias pra por em prática, tipo aquelas trocas de cena, efeitos especiais, o estúdio ainda tem muito pra melhorar e ampliar, sem contar que precisamos pegar trabalhos extras pra manter o pessoal todo, divulgar nossos trabalhos e tornar o nome do estúdio ainda maior! Ah! Não posso esquecer do pessoa da banda! O trabalho deles foi ótimo, pacientes com o que eu queria, uma música que pudesse ser moderna e evocar aquela sensação de natureza primitiva tomada por uma neblina densa e mística. Aiai... Adoro tudo isso!

            — Obrigado... Depois eu te ligo...

            E ficou off-line. O amigo achou estranho, mesmo assim continuou a conversa:

            — Mas já? Eu precisava te falar da música de encerramento, aquela pro final do episódio, mais calma e doce. Bem, em todo o caso, segue o link do segundo vídeo!

            O amigo não sabia, mas o escritor e roteirista de quadrinhos continuava ali, apenas com o bate-papo desativado, observando o que foi escrito. Ele clicou no link e foi ouvir a música. O sentimento que o preenchia era intenso, transbordava de dentro pra fora. Teve de limpar o rosto, a face não poderia ficar molhado daquele jeito...


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