domingo, 13 de julho de 2014

FAUNA: TARÂNTULAS OU CARANGUEJEIRAS

Eu estava quieto, no meu quarto, usando meu notebook quando, de repente, uma aranha enorme aparece! Levei um susto e pulei para a minha cama, ficando longe do chão. Aproveite e tirei algumas fotos das primeira caranguejeira que eu vi de perto.

A segunda foi encontrada do lado de fora de casa, parada no pilar de sustentação do alpendre.

A terceira estava ao lado do tanquinho de lavar roupas.

Interessante dizer, todas elas devem ser aranhas machos, pelo simples motivo que as aranhas fêmeas nunca saem de suas tocas e apenas os machos, quando procuram por fêmeas, é que podem ser encontrados perambulando por aí, entrando dentro das casas e assustando as pessoas. Pelo que entendi, nas tarântulas machos os pedipalpos (os membros que ajudam a comer, próximo a boca) são adaptados para segurar as fêmeas e por isso parece que essas caranguejeiras possuem 10 patas. Repare!

Todas as 3 aranhas são da mesma espécie, praticamente negras, exceto por uma pelugem alaranjada, predominante na parte do abdômen e faixas mais claras entre as articulações. Andando, parecem ter uns vinte centímetros ou mais, no entanto, mortas não parece que são tão grandes.

Esse tipo de aranha não possui veneno prejudicial a saúde, no entanto, a picada é muito dolorosa, principalmente pelos ferrões das quelíceras serem os maiores entre as aranhas. Ainda que elas sejam consideradas mansas e usadas como animais de estimação, é preciso tomar cuidado, os pelos da aranha são urticantes e, se muito molestada, ela ainda pode atacar. Além disso, notei algo curioso: No dia seguinte ao aparecimento da 2ª aranha, um Cavalo-do-Cão (mais conhecido como Vespa Negra ou Vespa Gigante), entrou dentro de casa. Isso aconteceu porque a vespa caça aranhas para usar como alimento para seus ovos.

Em outro momento, quando minha mãe e eu estávamos plantando o feijão e o milha na roça, eu vi uma aranha graúde (que não é grande nem pequena) subir num toco e uma vespa voando ao redor. A vespa deu voltas e voltas no ar e até pareceu que iria embora, mas, para minha surpresa, ela voou diretamente para cima da aranha que despencou do toco e saiu correndo. A vespa acertou exatamente onde a aranha estava! Eu vi a aranha caminhar ainda por um bom tempo, antes de ser picada pela vespa, que logo queria carregar a aranha para algum buraco! É por isso que aqui na região serrana não é muito bom manter uma aranha caranguejeira dentro de casa, elas podem atrair vespas gigantes... Eu juro ter visto uma que teria mais de 10 cm de comprimento! Aliás, a vespa recebe o nome Cavalo-do-Cão por justamente ter uma picada extremamente dolorosa! Dá pra acreditar?!

Agora fiquem com as aranhas...

ARANHA Nº 01


FLORA: JASMIM

Ok, eu não sou nenhum biólogo para dizer que estas são jasmins, mas o fato é que popularmente falando, minha mãe as conhece por jasmim, ou jasmim laranja, por seu perfume intenso na época da flora. Como é difícil ter uma referência a respeito do nome científico da planta, tratarei-a pelo nome como é chamada aqui em Pereiro.

Normalmente ela flora após uma boa chuva - coisa que acontece por aqui uma vez por mês, talvez a cada três ou mais meses, dependendo da época - durante o período de sol intenso que se segue. Pouco tempo depois as flores começam a cair ao simples balançar do vento, como as flores de laranjeira, deixando o chão branquinho. Estas árvores de jasmim que temos no quintal foram plantadas antes da minha mãe se casar, ou seja, há mais de 24 anos! O porte dela chega a pouco mais de 2 metros e as frutinhas são pequeninas, 1cm ou menos, vermelhas, não comestíveis, quase sem poupa, com o volume predominantemente pertencente a semente. O cheiro das flores é bem intenso, principalmente quando atinge a flora completa, atraindo diversos insetos, tanto diurnos quanto noturnos, pois as flores permanecem abertas até perderem as pétalas. De cor branca, as flores tem cinco pétalas e desabrocham em conjuntos, feito buquês. A árvore não possui tronco aparente e possui múltiplos galhos que começam a se dividir próximo ao solo, podendo ter folhas a partir daí; sendo esta pequenas e arredondadas.

Agora chega de falar! As fotos explicam melhor do que eu!


FAUNA: PEQUENO GAFANHOTO

Encontrei este pequeno em cima do capô do HUX, meu carro, e decidi tirar algumas fotos por ele ser tão pequenino - cerca de 1 ou 2 cm! (Foi muito difícil fazer as fotos em macro numa câmera semi-profissional...) Talvez fosse apenas um filhote - diferente da maioria dos insetos, gafanhotos não sofrem grandes transformações ao longo da vida.

Para distinguir um gafanhoto de um grilo, vale a regra das antenas, normalmente os gafanhotos tem antenas curtas, com os da foto, e os grilos possuem antenas mais compridas. As esperanças, um primo verde dos grilos e gafanhotos, cujas asas se parecem com folhas, tem antenas ainda mais longas que as do grilo! Além disso, pode-se distinguir eles pela hábito alimentar: gafanhotos são estritamente herbívoros, enquanto os grilos são tanto herbívoros quanto insetívoros, podendo comer outros insetos. Por vezes é possível encontrar nuvens de gafanhotos que nasceram praticamente ao mesmo tempo - aqui na região serrana há épocas em que os grilos simplesmente vão entrando dentro de casa, talvez 3 a 5 por noite, ou mais! O tamanho também é relativo, os gafanhotos são comumente maiores que os grilos, podendo chegar a mais de 10 cm - eu encontrei um desses e tirei fotos! Mas vai ficar para outra publicação... Em breve!

Agora fiquem com as fotos!


sábado, 12 de julho de 2014

FAUNA: IGUANA

Oh meu deus! O que teria deixado estas marcas?!



(Risos)

Brincadeiras a parte, o título já deixa claro que se trata de um lagarto, conhecido por aqui como iguana ou camaleão - mais uma daquelas confusões de nome, eu acho. Aparentemente este pequeno réptil muda um pouco de cor ao longo da vida e por isso é chamado aqui de camaleão, no entanto, é realmente um iguana!

Eu estava fazendo um pequena caminhada pelos arredores fora do Sítio Dona Lô, e fiquei observando as pegadas que os animais estavam fazendo no chão. No dia anterior meu pai havia dito que encontrara um rastro de cobra. Pensando nisso, comecei a procurar por algum rastro diferente e, bem ao meu lado, me deparo com este belo espécime esverdeado! Eu, ainda no mesmo lugar, tirei a câmera do bolso e tirei uma foto, antes que ele fugisse, pois todos os outros pequenos lagarto que habitam a região serrana saem correndo ao primeiro sinal de perigo. Aos poucos, fui rodeando o iguana e tirando mais e mais fotos - ele nada de se mover. Achei esquisito, aliás, ele realmente permaneceu estático, tentei fazer ele correr e nada! Um ser de um verde tão belo e vivido no meio da areia rosada seria presa fácil para algum gavião que estivesse passando, isto é, de algum predador voador que o avistasse. Eu cheguei a dar uma volta e ele continuava lá, tirei as últimas fotos e fui embora, com ele exatamente no mesmo lugar. Por isso acredito que ele não seja hostil, diferente do Teiú, um dos maiores lagartos do brasil (chega a 2 m da cabeça a ponta da cauda).

Mais tarde eu voltei lá e o iguana fora embora. Um alívio, eu acho... Eu vi novos rastros por perto, mas não tenho certeza se eram novos. O local onde ele estava tinha rastros em um único sentido - ou ele deu a volta e seguiu seu caminho, ou ele realmente não estava com sorte.

Enfim, fique com as fotos!


COGUMELOS

Apesar do clima predominantemente quente e seco, ainda assim o clima de Pereiro consegue ser úmido e ameno durante algumas semanas do ano. Estou falando do 'INVERNO', época de chuvas, cerca de um mês ou dois onde as principais chuvas do ano se concentram e a radiação solar não é tão intensa. Por causa dessa época única no calendário nordestino, que por vezes pode ser extramente fraca causando as secas, o reino fungi consegue sobreviver e gerar indivíduos como os das fotos.

Nas imagens é possível ver dois tipos de cogumelos - provavelmente não são comestíveis.