Eu não consigo expressar apenas com palavras o quanto estou confuso e aturdido com a evolução das criações aqui no Sítio Dona Lô. Por mais que meus pais sejam naturais destas terras, eles não tem a mínima instrução de como realmente devem criar galináceos ou suínos. De fato, o que eles sabem é como deixar os animais em espaço separado para eles e esperam que tudo dê certo.
Me mudei de São Paulo, capital, para Pereiro, CE em Julho de 2013. Não deu certo e voltei em Janeiro de 2015. Este blog é para guardar as lembranças que tive nesse meio tempo.
sábado, 31 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
DA MINHA JANELA
Inesperadamente, sim, eu não esperava por isso. Procurei motivos pra escrever um texto que acompanhasse este vídeo e não tinha ideia do que fazer. Sou alguém comum, como qualquer outro neste mundo, que tem seus anseios, suas dúvidas, suas reclamações constantes, enfim... O que eu poderia oferecer as pessoas de tão relevante a fim de me empenhar e lutar por isso? Eu não sei. Vivemos num Brasil sem nexo, que não liga cultura a educação, ao respeito, a honestidade, aos valores que todos sabemos que deveríamos ter e nos negamos a fazer por simples negligência ao dever. Não consigo imaginar o que você, caro leitor, gostaria realmente que um blog lhe proporcionasse, ou se a construção deste blog poderia lhe propor algo do gênero. Não sei. A variedade com que posso trabalhar é grande, mas por enquanto tentarei me ater ao propósito de mostrar o lugar em que passei a morar em Julho de 2013, as necessidades, os aprendizados, além, é claro, de dedicar um espaço aos amigos que estão sempre presentes nas redes sociais (heheh, morar longe de tudo não é fácil).
Se você consegue compreender o significado destas palavras, irá entender o sentido do vídeo, ele não é engraçado, não é triste, não é fantástico e nem atrativo, é apenas um vídeo, é apenas a paisagem da minha janela, minha nova janela, e compartilho ela com você.
Obrigado pela atenção, volte sempre!
Obrigado pela atenção, volte sempre!
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
COMEÇO
Por onde
começar, eis a questão! Eu nasci e morei em São Paulo de 1991 a 2013, ano em
que me mudei para Pereiro – CE. Minha vida nunca foi ótima, passei por diversos
cursos profissionalizantes e não me estabeleci em um emprego. Tentei os cursos
de Design de Interiores, onde tomei gosto pelo desenho técnico, pela
organização prática e pela arquitetura no geral, guardando ótimas lembranças da
época. Infelizmente, o custo dos materiais de desenho era um pouco demais para
o bolso de um recém formado no ensino médio, sem trabalho e nenhum dinheiro.
Passado
alguns meses, passei novamente em segundo lugar no vestibulinho para técnico em
administração na mesma escola técnica (são apenas cerca de 200 inscrições por
curso e muitos sequer aparecem no dia da prova, nada muito difícil). Na época
pensei que era o melhor a fazer, por isso entrei no curso de administração. Com
ele acabei aprendendo um pouco sobre empreendimentos, mais por minha conta do
que pelo conteúdo apresentado, pois acabei desistindo do curso no fim do
primeiro semestre. No final do mesmo ano que entrei para administração, o
governo me ofereceu um cursinho básico com bolsa para informática. Pouco antes
de receber o telegrama, meu próprio computador, dado a mim por um tio, havia
parado de funcionar. Achei engraçada a coincidência da falha do computador com
a área do curso, o que para mim foi ótimo. Com apenas três meses de curso,
finalmente pude terminar um cursinho, mesmo que básico, do começo ao fim. Um
alívio e tanto para alguém sem esperanças.
Em 2011,
encontrei nas páginas amarelas um curso também básico em marcenaria, uma
oportunidade perfeita para quem havia feito um curso (ou parte dele) em Design
de Interiores. Nele aprendi na prática como fazer móveis, tento executado um
projeto em grupo da projeção e construção de móveis do circo-escola (local do
curso), como também na execução dos projetos de uma mesinha de centro feita a
partir de caibros de madeira com tampo em MDF, e de uma raque bem espaçosa
daquela para home theater. Um curso que deixará saudades. Logo após este curso,
continuei frequentando o circo-escola, fazendo artesanatos, como crochê, tricô
e biscuit. Não continuei por muito tempo, pois o pessoal que frequentava as
aulas também participava de outras atividades no posto de saúde (não tenho
certeza se era isso mesmo) fazendo artesanato. Acabei ficando sozinho um dia e
não fui mais. Haviam surgido entrevistas para trabalhar de marceneiro na região
em que eu morava e posteriormente eu iria começar um período de experiência
numa marcenaria na região do Jaraguá, mais precisamente próximo ao parque que
leva ao pico do Jaraguá, o ponto mais alto da cidade de São Paulo.
Infelizmente, o trabalho não deu muito certo pra mim, me esforcei demais no
primeiro dia e acabei ficando cheio de dores musculares por não ter o hábito de
mexer muito com objetos pesados e esforço consecutivo. Fui apenas um dia e
ainda penso naquele lugar, daquele momento em que tive meu primeiro dia de
trabalho que consegui por mérito meu.
Eu já havia
trabalhado com meus tios em suas lojas na região da Santa Ifigênia, no centro
de São Paulo. No começo era apenas aos sábados, dia de maior movimento, e
depois passaria a trabalhar após o horário da escola e durante as férias.
Confesso que não era o melhor trabalho pra mim, sou tímido em ansioso, o que,
para um vendedor de eletrônicos e baterias, não era uma vantagem. Desisti do
trabalho, sem dizer nada, duas vezes. Às vezes você simplesmente se engana com
a vida e pensa que tudo está certo, mas acho que eu teria feito diferente, ao
menos, teria poupado um dinheirinho com minhas atuais noções de finanças e
feito uma poupança. Talvez eu tivesse dinheiro para terminar o curso de Design
de Interiores, talvez eu tivesse conseguido algum emprego, talvez eu ainda
estivesse em São Paulo agora... Contudo, eu era jovem demais, não sabia bem o
que deveria fazer, preferia me esconder do mundo a ter que sair de casa. Agora
eu vejo, vejo que sem dinheiro poderia estar morrendo de fome, largado em
alguma esquina de São Paulo, sem nenhuma esperança e sentindo a plena
insensibilidade da vida urbana.
Em 2012 meu
irmão caçula comprou um computador com o dinheiro que ele juntou com seu
trabalho, o mesmo que eu tinha antes com meus tios; e minha irmã, mais nova que
eu, colocou internet em casa. Fiquei muito feliz com tudo isso, um computador e
internet é tudo o que eu mais queria: um meio de trabalhar com meu próprio
intelecto e tentar conseguir algum dinheiro produzindo meu próprio conteúdo.
Tentei. Tentei. Tentei. Não foi o suficiente, eu não sou o tipo de pessoa certa
para se entrosar com as pessoas, para chamar a atenção e conseguir visualizações.
Tenho orgulho de ter conseguido pouco menos de U$3 no blog Bar Toca dos Gatos
com o passar do ano. É pouco, provavelmente eu nunca veja esse dinheiro, mas eu
o consegui escrevendo histórias de meu próprio cunho, ajudando outras pessoas
com suas histórias, conhecendo escritores e outros aspirantes a escritor, um
momento magnífico na minha humilde vida. Boa parte de tudo o que escrevi no
blog Bar Toca dos Gatos se deve ao livro: Crônicas dos Senhores de Castelo – O
Poder Verdadeiro (que faço questão de que esteja sempre ao meu lado), e aos
seus escritores, os brasileiríssimos G. Brasman e G. Norris! Com eles conheci o
infinito do multiverso e todo o seu incrível potencial, muito usado por mim,
apesar da história ter ainda mais quatro livros. O livro dois, Efeito
Manticore, me foi dado por um amigo de escola que há muito tempo eu não via
(também fazendo questão de que ele esteja sempre comigo) e o livro três possui
um pontinha de referência a mim e o árduo trabalho de aumentar e expandir o
multiverso. Tem como não ser grato? No entanto, talvez eu nunca veja o livro
três ou os outros da série, ou mesmo qualquer outro livro novo...
Em Julho de
2013 me mudei, definitivamente, para Pereiro, interior do Ceará, uma cidade
pequena, com um centro urbano razoável para subsistência e que vive
principalmente do que colhe no campo ou do que os aposentados conseguem com a
renda da aposentadoria. Nesta cidade, estou morando no sítio de minha falecida avó,
mais conhecida como Dona Lô, e, por meio dele, conhecerei e explorarei essa
nova vida baseada no cultivo e na criação de galináceos. Tentarei mostrar as
dificuldades pelas quais vou passar, procurando sempre trazer algo novo ou
alguma curiosidade acerca desse mundo, que podem ser conferidas nos marcadores
da barra lateral e, claro, trazendo um pouco de literatura, puxando a veia de
meu antigo blog.
Espero ter
conseguido esclarecer um pouco o que tenho vivido, pelo que passei e os motivos
pelos quais estou escrevendo esse blog, reunindo todas as áreas de meu
interesse.
Não se
esqueça de participar do blog!
Por Victório Anthony,
OBRIGADO POR LER.
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