domingo, 13 de julho de 2014

FAUNA: PEQUENO GAFANHOTO

Encontrei este pequeno em cima do capô do HUX, meu carro, e decidi tirar algumas fotos por ele ser tão pequenino - cerca de 1 ou 2 cm! (Foi muito difícil fazer as fotos em macro numa câmera semi-profissional...) Talvez fosse apenas um filhote - diferente da maioria dos insetos, gafanhotos não sofrem grandes transformações ao longo da vida.

Para distinguir um gafanhoto de um grilo, vale a regra das antenas, normalmente os gafanhotos tem antenas curtas, com os da foto, e os grilos possuem antenas mais compridas. As esperanças, um primo verde dos grilos e gafanhotos, cujas asas se parecem com folhas, tem antenas ainda mais longas que as do grilo! Além disso, pode-se distinguir eles pela hábito alimentar: gafanhotos são estritamente herbívoros, enquanto os grilos são tanto herbívoros quanto insetívoros, podendo comer outros insetos. Por vezes é possível encontrar nuvens de gafanhotos que nasceram praticamente ao mesmo tempo - aqui na região serrana há épocas em que os grilos simplesmente vão entrando dentro de casa, talvez 3 a 5 por noite, ou mais! O tamanho também é relativo, os gafanhotos são comumente maiores que os grilos, podendo chegar a mais de 10 cm - eu encontrei um desses e tirei fotos! Mas vai ficar para outra publicação... Em breve!

Agora fiquem com as fotos!


sábado, 12 de julho de 2014

FAUNA: IGUANA

Oh meu deus! O que teria deixado estas marcas?!



(Risos)

Brincadeiras a parte, o título já deixa claro que se trata de um lagarto, conhecido por aqui como iguana ou camaleão - mais uma daquelas confusões de nome, eu acho. Aparentemente este pequeno réptil muda um pouco de cor ao longo da vida e por isso é chamado aqui de camaleão, no entanto, é realmente um iguana!

Eu estava fazendo um pequena caminhada pelos arredores fora do Sítio Dona Lô, e fiquei observando as pegadas que os animais estavam fazendo no chão. No dia anterior meu pai havia dito que encontrara um rastro de cobra. Pensando nisso, comecei a procurar por algum rastro diferente e, bem ao meu lado, me deparo com este belo espécime esverdeado! Eu, ainda no mesmo lugar, tirei a câmera do bolso e tirei uma foto, antes que ele fugisse, pois todos os outros pequenos lagarto que habitam a região serrana saem correndo ao primeiro sinal de perigo. Aos poucos, fui rodeando o iguana e tirando mais e mais fotos - ele nada de se mover. Achei esquisito, aliás, ele realmente permaneceu estático, tentei fazer ele correr e nada! Um ser de um verde tão belo e vivido no meio da areia rosada seria presa fácil para algum gavião que estivesse passando, isto é, de algum predador voador que o avistasse. Eu cheguei a dar uma volta e ele continuava lá, tirei as últimas fotos e fui embora, com ele exatamente no mesmo lugar. Por isso acredito que ele não seja hostil, diferente do Teiú, um dos maiores lagartos do brasil (chega a 2 m da cabeça a ponta da cauda).

Mais tarde eu voltei lá e o iguana fora embora. Um alívio, eu acho... Eu vi novos rastros por perto, mas não tenho certeza se eram novos. O local onde ele estava tinha rastros em um único sentido - ou ele deu a volta e seguiu seu caminho, ou ele realmente não estava com sorte.

Enfim, fique com as fotos!


COGUMELOS

Apesar do clima predominantemente quente e seco, ainda assim o clima de Pereiro consegue ser úmido e ameno durante algumas semanas do ano. Estou falando do 'INVERNO', época de chuvas, cerca de um mês ou dois onde as principais chuvas do ano se concentram e a radiação solar não é tão intensa. Por causa dessa época única no calendário nordestino, que por vezes pode ser extramente fraca causando as secas, o reino fungi consegue sobreviver e gerar indivíduos como os das fotos.

Nas imagens é possível ver dois tipos de cogumelos - provavelmente não são comestíveis.


FAUNA: ESCORPIÃO OU LACRAU

Escorpiões... Eu não tinha visto nenhum até vir para Pereiro. Quem já leu a matéria sobre a LACRAIA, sabe que por aqui este aracnídeo é mais conhecido pelo nome de lacraia, apesar da variação de nome ser, na verdade, lacrau. Pelo que soube, esta espécie das fotos não possui uma picada letal para a maioria das pessoas, se chega a sentir a língua dormente, o rosto adormecido, ou até alguma febre em casos extremos, mas normalmente o efeito do veneno, que age rápido, passa em cerca de uma hora ou duas.

A coisa mais incrível sobre estes pequeninos perigosos, além do ferrão, é a partenogênese! Não sabe o que é? É algo que as abelhas também possuem - elas não precisam de parceiros para se reproduzir! Imagine, um único escorpião fêmea pondo dezenas de ovos, os escorpiões nascendo e se reproduzindo, gerando centenas de indivíduos... Huhuhu...

Por isso é bom tomar cuidado, em cidades, ou qualquer local onde eles possam se alimentar fartamente poderão haver infestações generalizadas de escorpiões - assim como pombos, ratos e baratas.

Além disso, escorpiões gostam de locais escuros e, pelo que eu tenho visto, gostam de entrar dentro das casas - os escorpião das fotos abaixo foram encontrados no meu quarto! Do lado da minha cama! Uma vez um pequeno escorpião chegou a subir na parede ao lado da minha cama e cair bem ao meu lado! Ainda bem que eu estava acordado. Isto sem contar que Pereiro, por ser uma região serrana, é repleto de pedras, de todos os tamanhos, o que facilita que o aracnídeo se esconda e surpreenda alguém com sua temerosa picada. Devem existir outras espécies de escorpiões, mas esta é a mais comum.

Agora, as fotos!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

FAUNA: LACRAIA OU PIOLHO DE COBRA

Ao contrário do que se diz, nestas fotos está a verdadeira lacraia. Por algum motivo, as pessoas de Pereiro trocaram o nome deste quilópode, confundindo-o com o escorpião, também chamado de lacrau. Acredito que isso ocorra por causa da semelhança entre os nomes lacraia e lacrau, e pelos dois serem venenosos.

A maior curiosidade sobre este ser artrópode (que não pertence a classe insecta e, portanto, não é um inseto, assim com aranhas e escorpiões), é sobre seu segundo nome: PIOLHO DE COBRA. Alguns podem confundir piolhos de cobra com centopeias, pois ambos são seres segmentados com várias patas, sendo a lacraia considerada comumente uma centopeia gigante, porém, o motivo para ela ganhar o nome de piolho de cobra (e não as centopeias) é justamente porque a lacraia consegue se alimentar de cobras! Como um piolho (ou aranha) a lacraia injeta sucos gástricos no animal já atordoado pelo veneno e começa a sugar os fluídos - pelo menos foi o que eu entendi. Seu corpo comprido consegue se ajustar facilmente ao de uma cobra e suas patas conseguem segurar a presa para que, mesmo a cobra tentando fugir, o quilópode continue preso ao alimento.

Seu veneno é perigoso, porém não é fatal. A picada é extremamente dolorida e, por ser um animal que procura pelo escuro e pela umidade (casas, galpões, entre pedras, etc.), é relativamente fácil encontrá-las em locais assim, podendo atacar os desavisados. Uma vez que o clima nordestino é predominantemente quente e seco e ela possui hábitos noturnos, não é fácil encontra-las andando em campos abertos.

Confira as fotos!

As três primeiras são de uma lacraia que estava acima da porta do banheiro daqui do Sítio Dona Lô; as outras são de uma lacraia que misteriosamente caiu do teto para o chão do quarto dos meus pais - talvez derrubada por uma lagartixa.

ATENÇÃO: Em caso de picada, não se preocupe! A maior parte das picadas não criam maiores problemas e o melhor é repousar. Podem haver bolhas ou inchaço, mas nada muito preocupante. Em caso de infecção, procure ajuda médica.