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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SEM TÍTULO II


CAPÍTULO 02: EMUNAH




Escrito por: Lincoln Berlick
Revisto e editado por: Victório Anthony


           Estava sem forças, fraquejava, mal conseguia abrir os olhos. Tudo o que pude ver naquele instante era Pedro indo para cima de Azazel num ataque furioso. O demônio simplesmente se desviou da espada dele, acertando-o com um soco na barriga que o jogou a metros de distância. Tico mal se sustentava em pé, reuniu o resto de suas forças e arriscou um diálogo com o demônio:

            — Não é possível! Como?! Eu invoquei o Salmo 91!

            — Realmente profeta, aquilo foi impressionante... — ele abriu um sorriso insanamente calmo no rosto. — Poucos conseguem invocar o Salmo 91. Para seu azar, você não tem fé suficiente para me selar — fechando a expressão, completou. — O tempo de vocês, humanos, acabou...

            Sua espada negra surgiu novamente em sua mão. Tudo se encerraria ali, eu não podia correr, Pedro estava esgotado, Tico gastara toda a sua energia no último golpe e aquele ser miserável sequer demonstrava estar cansado. Eu não queria morrer daquele jeito, eu nem sabia o que estava acontecendo! Olhei ao redor e vi a espada de Pedro no chão, próxima a mim, parecia apenas uma espada comum. Decidi segurá-la:

            “Se eu vou morrer, que seja lutando!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

SEM TÍTULO

CAPÍTULO 01 - MESSIAH



Escrito por: Lincoln Berlick
Revisto e editado por: Victório Anthony



            Era noite e, assim como todas as outras noites, pensei que minha vida continuaria com a habitual monotonia. Eu não sabia, não até aquela noite, eu nem poderia imaginar, afinal, isso não era possível, nada disso deveria ser possível...


...

            Desde criança tive uma vida solitária, tudo sempre me pareceu maçante e sem graça. Nunca tive muitos amigos... Não, na verdade, nunca tive amigos, apenas colegas de classe. Aos doze anos recebi o diagnóstico de “gênio” e me transferiram para uma escola de superdotados rígida e meticulosa, o que só dificultou ainda mais minha capacidade de me relacionar. Durante toda minha vida fui solitário, não por opção, não havia nada que realmente me agradasse. As pessoas eram tão comuns, repetitivas e às vezes tão insuportáveis, sempre presas ao seu mundinho em que pensam ter tudo. Mas isso estava para mudar, naquele tempo eu finalmente havia decido que iria falar com Aléxis, a garota mais linda do mundo. Inesperadamente, por alguma coincidência do destino, no mesmo dia conheci Pedro. Ele apareceu do nada, conversamos um pouco e despretensiosamente ele me pareceu ser insubstituível, mudando totalmente o meu rumo.

            Logo que conheci Pedro descobri que ele também era um “gênio”. Bem, ele era tão... Legal, não sei, seu jeito de pensar incomum, suas ideias malucas, com ele tudo era diferente. Nossas conversas eram extremamente complexas e, por mais que possa parecer estranho, eram como se fossem conversas de pessoas normais. Ele não se detinha em assuntos de futebol ou mulheres, ele ia além.

            Como eu dissera, fui transferido para uma escola de gênios. Contudo, todos ali pareciam tão... Medíocres, insuportáveis, presos a seus egos, limitados ao que almejavam “conquistar” com seus supercérebros...

            Triiinnn...

            Enfim o relógio havia tocado, estava no horário para me levantar. A hiperatividade não me deixava dormir e, quando conseguia, sofria com estranhos pesadelos em que eu me via lutando contra demônios e seres obscuros.