domingo, 22 de setembro de 2013

MINICONTO: O VELHO ESPERTO

O VELHO ESPERTO

Um homem idoso era proprietário de uma fazenda na Louisiana há vários anos. Ele tinha um grande lago nos fundos. O lago era perfeito para nadar, então ele colocou adoráveis mesas de piquenique, uma área ampla para hipismo, algumas macieiras e pessegueiros. Certa noite, o velho fazendeiro decidiu ir até lago, como ele não tinha estado lá por um tempo, para dar uma olhada. Ele pegou um balde de cinco litros para trazer de volta um pouco de frutas. Enquanto ele se aproximava do lago, escutou vozes gritando e rindo com alegria. Quando ele chegou mais perto, viu que era um grupo de jovens mulheres nuas nadando em seu lago. Ele fez as mulheres cientes de sua presença e todas foram para a parte mais profunda. Uma das mulheres gritou para ele, “Nós não vamos sair até que você saia!” O velho franziu a testa, “Eu não vim até aqui para assistir as moças nadarem nuas ou fazê-las saírem da lagoa peladas.” Segurando o balde no alto, ele disse, “Estou aqui para alimentar o jacaré.”

Traduzido por: Victório Anthony
Créditos: A história, com o passar do tempo, se tornou de domínio público.

OBS.: Esta história, ao menos parte dela, pois não estava completa, chegou até mim por meio da página do site 9Gag no Facebook. Infelizmente este site costuma cometer plágios, retirando os créditos de quadrinhos que ele divulga, mesmo que o conteúdo dele seja em inglês e os quadrinhos sejam brasileiros. Esta é uma prática que eu abomino e decidi retirar a imagem cujo o texto eu havia traduzido, principalmente por ter visto que um dos quadrinhos do blog Sintonia Alcalina, que por sinal eu adoro, foi, além de plagiado, disseminado em outros sites sem os devidos créditos - o que só piorou a situação.

PLÁGIO É CRIME!
NÃO CONCORDE COM ISSO!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MINICONTO: A PEQUENA BRUXINHA

A PEQUENA BRUXINHA



Escrito por: Dominus Salomon Lee
Revisto e editado por: Victório Anthony

            A porta abriu-se bruscamente. A mãe, que lia concentrada um livro no sofá, assustou-se. Sua filha adentrou a casa correndo, fechando a porta atrás de si e largando a mochila em um canto da sala. Chorando apressou-se direto para os braços da mãe:

            — O que foi filha? O que aconteceu?! — perguntou a mãe envolvendo a filha em um abraço consolador.


            A pequena ainda com o rosto afundado no peito da mãe, respondeu:

            — Mãe, lembra-se do feitiço de explodir as coisas que você me ensinou?!

            A mãe fez uma pequena pausa lembrando-se do truque que tentara ensinar a filha há alguns dias. A aula era sobre explodir objetos com um simples estalar de dedos. Sua filha, porém, não era boa aluna.


            — Sim, eu me lembro... Tudo o que você deveria fazer era se concentrar naquilo que queria explodir e estalar os dedos. Muito simples.




            — Não tão simples assim!— disse a filha levantando o rosto para olhar nos olhos da mãe.

            Seus olhos agora expressavam indignação e raiva, deixando sua mãe perplexa. Logo a pequena prosseguiu:

            — Hoje, no ônibus escolar, depois das aulas, uma menina estava ouvindo música no celular sentada bem do meu lado. Aquela maldita... Além da musica estar irritantemente muito alta, era horrível! Ela tinha um péssimo gosto! Havia também varias outras meninas ouvindo música alta no celular. Era insuportável... Eu ia enlouquecer!

            — Acho que agora entendi, você explodiu o celular dela sem querer com o feitiço que lhe ensinei, foi isso?! — indagou a mãe pondo a filha sentada sobre o colo.

            A garota novamente afundou o rosto no peito da mãe tentando conter as lágrimas que lhe molhavam o rosto. E respondeu, soluçando:

            — Era essa minha intenção...

            — Afinal filha, o que foi que aconteceu?!

            — Quando estalei os dedos tentando me concentrar no celular barulhento dela, as meninas... Eu não queria mãe, eu juro que não queria... — aflita, a mãe ficou em silêncio, esperando o que ela queria dizer.


            Após longos segundos, a menina confessou:

            — Não foi o celular que explodiu... Foram as cabeças...


 ...

Não deixe de visitar o blog do Salomon!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

MINICONTO: O IMPERADOR

O IMPERADOR
 
Escrito por: Victório Anthony
 
 
 
            O grande imperador olhou bem para aquele jovem pequeno e magrelo diante dele que lhe apontava uma espada simples e ordinária:

            — E você se diz um herói? Hah! Faz me rir! Não conheces o poder do meu exército? O império que construí com os ossos de meus inimigos? Você só pode estar maluco querendo me enfrentar! — dando uma grande baforada em seu cachimbo, fez sinal aos guardas para levarem os intrusos.

            Sendo levado, o herói gritou:

            — Não importa quanto tempo leve, não importa quem trará justiça, um dia você pagará pelas atrocidades que cometeu! — antes das portas se fecharem, ele ainda disse mais uma coisa. — Começando pela traição dos seus aliados!

            O imperador gargalhava diante da cena ridícula e, após alguns instantes sozinho, se levantou:


            — Preciso consultar o oráculo...

SEM TÍTULO

CAPÍTULO 01 - MESSIAH



Escrito por: Lincoln Berlick
Revisto e editado por: Victório Anthony



            Era noite e, assim como todas as outras noites, pensei que minha vida continuaria com a habitual monotonia. Eu não sabia, não até aquela noite, eu nem poderia imaginar, afinal, isso não era possível, nada disso deveria ser possível...


...

            Desde criança tive uma vida solitária, tudo sempre me pareceu maçante e sem graça. Nunca tive muitos amigos... Não, na verdade, nunca tive amigos, apenas colegas de classe. Aos doze anos recebi o diagnóstico de “gênio” e me transferiram para uma escola de superdotados rígida e meticulosa, o que só dificultou ainda mais minha capacidade de me relacionar. Durante toda minha vida fui solitário, não por opção, não havia nada que realmente me agradasse. As pessoas eram tão comuns, repetitivas e às vezes tão insuportáveis, sempre presas ao seu mundinho em que pensam ter tudo. Mas isso estava para mudar, naquele tempo eu finalmente havia decido que iria falar com Aléxis, a garota mais linda do mundo. Inesperadamente, por alguma coincidência do destino, no mesmo dia conheci Pedro. Ele apareceu do nada, conversamos um pouco e despretensiosamente ele me pareceu ser insubstituível, mudando totalmente o meu rumo.

            Logo que conheci Pedro descobri que ele também era um “gênio”. Bem, ele era tão... Legal, não sei, seu jeito de pensar incomum, suas ideias malucas, com ele tudo era diferente. Nossas conversas eram extremamente complexas e, por mais que possa parecer estranho, eram como se fossem conversas de pessoas normais. Ele não se detinha em assuntos de futebol ou mulheres, ele ia além.

            Como eu dissera, fui transferido para uma escola de gênios. Contudo, todos ali pareciam tão... Medíocres, insuportáveis, presos a seus egos, limitados ao que almejavam “conquistar” com seus supercérebros...

            Triiinnn...

            Enfim o relógio havia tocado, estava no horário para me levantar. A hiperatividade não me deixava dormir e, quando conseguia, sofria com estranhos pesadelos em que eu me via lutando contra demônios e seres obscuros.

MINICONTO: O HOMEM-BOMBA E O DESCONHECIDO

O HOMEM-BOMBA E O DESCONHECIDO
 
Escrito por: Victório Anthony
 

Era a hora, aquele seria seu último dia, o dia em que provava a si mesmo e a Allah que ele era digno de ir ao paraíso. Dirigiu-se para um local movimentado, havia muitos ocidentais ali naquele momento. Um dia muito especial, talvez? Para ele isso não importava, o que importava para ele era morrer em nome do que acreditava, que ele estava certo e todos os outros errados. O colete de bombas debaixo da roupa dava-lhe um aspecto estranho, entretanto, suficientemente plausível para não ser notado até chegar ao ponto em que queria, no meio da multidão.

Estava pronto, retirou o contador do bolso e apertou. Alguém viu o que ele segurava e gritou:

— CORRAM! BOMBA! — a multidão em polvorosa começou a correr e a se atropelar.