É difícil falar sobre algo que você gosta e admira, já estou há um bom tempo devendo uma publicação como esta a este valoroso amigo, escritor e roteirista de quadrinhos empenhado conhecido como Joe de Lima. Seu trabalho em estilo dark fantasy publicado semanalmente no blog Baú do Joe, Serpente de Fogo, é um primor, uma história adulta, fantástica e sem aqueles melindres de histórias mais infantis ou infantilizadas direcionadas a um público diferente. Não, Serpente de Fogo vai além, cativando o inesperado, a força que vem da leitura, a satisfação em se ler. Esta pode ser apenas a minha humilde opinião, mas tenho certeza de que quem procura uma ótima história vai encontrar nesta leitura um perfeito passatempo.
Segue então uma relação (futuramente) completa de todos os capítulos desta história que também estarei acompanhando e atualizando nesta publicação.
E você também podem acompanhar o lançamento dos capítulos pela página Baú do Joe, pelo facebook, não percam!
Segue então uma relação (futuramente) completa de todos os capítulos desta história que também estarei acompanhando e atualizando nesta publicação.
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SERPENTE DE FOGO
Escrito por: Joe de Lima
ÍNDICE
Um brilho no céu... uma visão... uma profecia... Valek Clancey nasceu sobre vários sinais que previam um destino grandioso para ele. Criado por um povo guerreiro, irá partir em uma longa jornada após reencontrar sua verdadeira mãe, Liana, agora uma estranha para ele. Em meio ao choque das duas maiores nações do Mundo Antigo, Valek e Liana desafiarão seus destinos enquanto terão de lidar com o sentimento proibido que os une.
REMINISCÊNCIAS - Primeiro Fragmento
"Minha mãe e
meu pai nasceram na pobreza, e ainda assim, me deixaram como herança o trono do
maior reino que o Mundo Antigo já viu! A história se lembrará deles por suas
conquistas, mas foi a maneira como as alcançaram que os define. É por essa razão que agora seguro uma pena e deixo estas letras no papel. Não para falar sobre o guerreiro e a feiticeira que ousaram desafiar nações inteiras... os historiadores se encarregarão disso... o que pretendo contar é a história de um homem e de uma mulher..."[...]
PRÓLOGO
"A moça ruiva observou o cenário com apreensão. O vento frio da noite trazia os sons distantes da confusão que tomava a cidade. As luzes de Mazilev não eram mais que pequenas chamas sem vida e mesmo aquela distância, a sombra do castelo parecia imponente.
— Grande Mãe Lunna! — disse uma adolescente de longos cabelos morenos. — Proibiram a todos de dormir nessa noite?!
O tom irônico na voz da garota, que vestia uma túnica branca de dormir de uma só alça, não conseguia disfarçar seu nervosismo. Téssia era a mais nova daquele pequeno grupo e certamente a que mais falava.
— Isso mostra o desespero do rei Kotler!"[...]
"Algumas moscas já rodeavam o corpo caído na margem da estrada secundária que passa pela parte fechada da mata, tombado entre os arbustos. As roupas o identificavam como um batedor, do tipo que costuma ir além da fronteira para espiar os inimigos. O infeliz jazia com uma flechada nas costas.
Um homem de barba farta chamado Ruram se aproximou do cadáver, retirou a flecha e a examinou.
— A pena é de dodô, a madeira da haste é cedro, seta de aço taringolês... e uma flecha de Lestonor, lorde Garet. Tenho certeza disso."[...]
CAPÍTULO II - Anel de Ouro
"Era fim de outono em Norféria. O frio do final de tarde denunciava a proximidade do inverno, que nas terras do norte era mais rigoroso que em outras paragens do Mundo Antigo. Apesar da temperatura relativamente baixa, o suor escorria pelo peito nu de Valek.
O rapaz de 15 anos corria em um ritmo acelerado entre as árvores da mata vestindo apenas uma calça escura e botas. Por vezes, corria diretamente na direção de um dos troncos, parava repentinamente e executava uma manobra evasiva, como quem se esquiva de um ataque. Para aumentar o esforço do treinamento, usava braceletes, caneleiras e um cinturão feitos de ferro maciço.
Quando era mais novo, os exercícios diários o desagradavam e procurava de toda forma evitá-los. Atualmente a situação havia se invertido. Adorava aquela sensação de liberdade. Apoiou-se em uma árvore ofegante, satisfeito consigo mesmo. Bebeu metade da água da bota de vinho feita de couro e usou o resto para lavar o suor do corpo atlético. Ajeitou o cabelo ruivo grudado na testa." [...]
CAPÍTULO III - Grande Vitória
"O interior da casa não era muito espaçoso, existia um único cômodo. De um lado, via-se um pequeno fogão de pedra, uma mesa e três cadeiras rústicas. Do outro lado do quarto, palha sobre o chão úmido forrada com peles de worg – os grandes lobos que viviam naquela região – serviam de cama. As roupas eram guardadas dentro do baú de vime.
Valek se livrou dos braceletes, das canaleiras e do cinturão de ferro. Discretamente, escondeu o anel de ouro em sua pilha de roupas dentro do baú e vestiu uma camisa de tecido escuro. Depois foi sentar-se à mesa para comer um pedaço de queijo de cabra enquanto Blie-Mi preparava alguns ovos para o jantar. Ela ainda estava aborrecida.
— Você sempre foi assim! Desde pequeno, nunca conseguiu ficar longe de problemas.
— Eu sei me cuidar. E o que mais eu poderia fazer? Fugir?" [...]
CAPÍTULO IV - Apareça
"Valek entrou em casa cheio de hematomas, o corte sobre o supercílio pintava seu rosto de vermelho. Ao vê-lo, Blie-Mi se apressou com os cuidados. Para o rapaz era um alívio ela não aparecer para tentar salvá-lo. Não suportaria que sua mãe o visse apanhando.
Por sorte dele, Blie-Mi era uma curandeira das mais habilidosas. Conhecia unguentos capazes de fazer o sangramento parar quase de imediato e chás que aceleravam a recuperação do corpo. Valek devia agradecer a seu avô adotivo, Far-Mi por isso.
Em se tratando de guerra, os acari não se importavam com o sexo de seus oponentes, de maneira que as mulheres guerreiras eram tão comuns quanto os homens. Porém, Far-Mi, calejado por uma vida de lutas, considerava o campo de batalha selvagem demais para sua pequena flor e nunca permitiu que as mãos da filha tocassem uma espada." [...]
Por sorte dele, Blie-Mi era uma curandeira das mais habilidosas. Conhecia unguentos capazes de fazer o sangramento parar quase de imediato e chás que aceleravam a recuperação do corpo. Valek devia agradecer a seu avô adotivo, Far-Mi por isso.
Em se tratando de guerra, os acari não se importavam com o sexo de seus oponentes, de maneira que as mulheres guerreiras eram tão comuns quanto os homens. Porém, Far-Mi, calejado por uma vida de lutas, considerava o campo de batalha selvagem demais para sua pequena flor e nunca permitiu que as mãos da filha tocassem uma espada." [...]
CAPÍTULO V - Nos Ombros do Lorde
"'O destino de um, repousa em suas próprias mãos. O destino de todos, repousa nos ombros do lorde.' Darius nunca se esqueceu de quando ouvira essas palavras serem pronunciadas por seu pai no leito de morte, pouco antes de falecer. Naquele momento ele se tornou o novo lorde Garet, o destino de Londiniun passou a residir em seus ombros e àquelas palavras ficaram marcadas a ferro em sua mente.
Ele meditava sobre elas no balcão de seu gabinete com o peito descoberto vestindo apenas uma calça enquanto observava o falcão-correio sumir no céu, voando velozmente rumo à capital de Ancestria, levando para o rei um breve relato do que se passava na fronteira. Até aquela mensagem chegar a seu destino e a resposta fazer o caminho de volta. o destino, não só de Londinium, mas talvez de todo o reino dependia de suas atitudes.
— Sou obrigado a dizer que o que está prestes a fazer não é uma boa ideia.
Garet ouviu uma voz feminina. Voltando-se para dentro, viu-se sua esposa Brunella com uma expressão preocupada. Trajava um vestido verde que combinava bem com seu ar de matrona. Os vabelos castanhos claros presos em uma trança. Um colar dourado decorava o colo. Era uma apessoada e ainda que não fosse bela, certamente não era feia..."[...]
CAPÍTULO VI - Nas Graças de Um Rei
"A tensão era grande na planície Lad Akai. Ruram teve a impressão do ar ficar mais pesado. O mestre armeiro coçou a barba nervosamente e se deu conta de que prendia a respiração sem perceber. Estar diante daquela massa humana era assustador. O céu vermelho do fim da tarde emoldurava o que poderia vir a ser um massacre. Lorde Garet se manteve firme em seu cavalo. Seu rosto não demonstrava qualquer tipo de receio.
Montado no Beemote, Kotler encarou seu inimigo por trás das aberturas do seu elmo, imaginando o que ele pretendia ficando em seu caminho com um grupo ridiculamente pequeno. Voltou-se para um sujeito de barba grisalha proeminente, apesar de calvo, envolto em um manto cinza e fez um sinal com a cabeça. O homem de manto cinza caminhou na direção de Garet, parou a alguns metros e fez uma leve reverência.
— Vossa majestade, o rei Solomon Kotler mas seus cumprimentos!
— E quem é você verme?"[...]
http://baudojoe.blogspot.com.br/2013/07/capitulo-vi-nas-gracas-de-um-rei.html
CAPÍTULO VII - Quinze Anos
"A lua crescente brilhava como um corte na noite. Valek contemplou a face de Luuna pensando nos rumos que sua vida tomaria dali em diante. Reviu mentalmente os eventos daquela tarde. A tarde em que reencontrou sua mãe natural. Sua mãe...? Mesmo em seu íntimo, era difícil chamar outra mulher alem de Blie-Mi dessa maneira.
Apos encontrá-la daquela forma, ficou de costas para Liana se vestir enquanto ela contava como partira de seu templo no meio da noite e viajara por rotas alternativas para evitar os espiões do rei Kotler. Seguiram para a aldeia com ela em seu cavalo e Valek puxando as rédeas. Não trocaram nenhuma palavra durante o caminho, constrangidos com o que havia se passado no lago. Bli-Mi reconheceu Liana de imediato ao vê-los se aproximando e seu rosto mostrou um profundo descontentamento.
Ambas estavam agora dentro da casa agora, juntamente com Goro-Mi. Valek preferiu ficar do lado de fora sentado em um grande banco de madeira. Não tinha a menor disposição para ouvir a conversa, embora não tivesse dúvida de que ele era o assunto..." [...]
http://baudojoe.blogspot.com.br/2013/07/capitulo-vii-quinze-anos.html
CAPÍTULO VIII - Manto das Sombras
"A cada novo impacto as paredes do templo de Lunna tremiam. A porta e a tranca não poderiam resistir por muito tempo. No segundo piso, abaixada atrás do beiral, Liana abraçou seu bebê. Se Valek não parasse de chorar seriam certamente descobertos no momento em que os invasores colocassem o pé dentro do saguão principal. Blie-Mi, escondida a seu lado passou a mão na cabeça do menino.
— Por favor, fique calmo.
Valek se aquietou. Apesar do momento critico, Liana não deixou de notar que o toque da amiga acari parecia confortar seu filho mais do que se próprio toque. Do outro lado, Téssia pegou em seu braço."[...]
EM CONSTRUÇÃO...
Fiquei comovido com este post, amigo Victorio! Ver uma postagem faz todo o trabalho valer a pena. Agradeço muito os comentários e espero que a história esteja a altura da expectativa.
ResponderExcluirDesejo que você consiga se reorganizar porque quero voltar a acompanhar seus trabalhos!