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quinta-feira, 31 de julho de 2014

FAUNA: COBRA MORTA


Mais um animal que foi morto e eu tirei fotos...

Talvez as pessoas sejam mais condescendentes e considerem certo matar este animal, afinal, era uma cobra. No entanto, discordo disso e por isso coloquei o aviso no início desta publicação. Não é de minha intenção simplesmente me aproveitar da situação infeliz de um animal, porém, volto a repetir, este blog é um retrato da minha vida no Sítio Dona Lô, em Pereiro - CE, e isto faz parte do que tenho vivido aqui.

Desta vez o animal foi encontrado no banheiro, possivelmente caçando as pererecas que vivem lá para comer - todo banheiro deve ter pererecas por aqui. Eventualmente, chamei meu pai e ele abateu a cobrinha, devia ter uns 50 cm, da cabeça a ponta da cauda. Acredito que não deva ser venenosa, não possuía traços claros como um 'pescoço' - espessura do corpo em relação a parte imediata atrás da cabeça, ou a fossa - espécie de narina que funciona como localizador, bem pronunciado em cobras como a cascavel. Por outro lado, a espécie não foi reconhecida, poderia ser uma cobra de viado, mas os desenhos em suas escamas não deixaram isso evidente. De qualquer forma, animais selvagens são novidade para mim e tirei as fotos que verão a seguir. Já devo ter visto mais de cinco cobrar ao longo do último ano...

FAUNA: RAPOSA PRESA EM ARMADILHA


ATENÇÃO: Esta publicação conténs imagens de uma raposa presa numa armadilha conhecida por aqui como arataca - que se assemelha com aquelas armadilhas cheia de dentes afiados dos desenhos animados - do tipo que, ao ser pisada, prende o animal pela pata. A armadilha apenas prende com grande força, machucando um pouco pelos dois pequenos dentinhos dela, não fazendo grande estrago, a não ser que o animal pego seja justamente pequeno.

Este animal não estava sendo caçado, ele simplesmente acabou caindo na armadilha, cujo real intento era prender um viado, ou algum animal de porte grande, que estava comendo as folhas da plantação próximo ao Sítio Dona Lô e, portanto, invadindo região que não pertence ao seu habitat. Já havia sinais de que havia um viado rondando a região, mas ele nunca foi pego.

Infelizmente, a raposa teve de ser sacrificada no mesmo local, a armadilha prendeu suas duas patas dianteiras e não há na cidade nenhuma ajuda dedicada aos animais.

Este é um caso triste, pelo que sei, a região mais adentro da mata, ao longo da estrada para a vila dos Balços que fica a 18 km daqui do Sítio, ou mesmo na região além deste local, é usada para caça. Ao longo dos anos, por causa das caçadas, poucos animais ainda sobrevivem nessas matas de clima seco e sem grandes árvores, o que facilita encontrar os animais. Da fauna local, o animal mais caçado é o Tatu, por ser incrivelmente fácil acua-lo e prendê-lo. Sua carne é muito apreciada pelos moradores do nordeste, especialmente aqueles que podem pagar bem por um único espécime.

A caça é proibida, no entanto, não há fiscalização séria. nem vistorias ou postos de observação que possam coibir o tráfico de animais silvestres. Mesmo porque todas as regiões da cidade, pelo que me parece, pertencem a alguém e não há nenhuma reserva natural que limite o acesso a mata.

Existem animais incríveis escondidos nesta região serrana, pena ninguém sabe valorizá-los pelo que eles são...


quarta-feira, 30 de julho de 2014

A MORTE DA ARANHA

Desta vez eu não estou documentando a vida selvagem ou doméstica dos animais, desta foi a vez da morte...

O assassino? Eu...

Por quê? Porque sim... Várias aranhas como esta, que não são tão pequenas, entram dentro de casa durante a noite ao longo da semana e não conseguem sair e sim, me incomodam, pois podem simplesmente subir na minha cama enquanto estou dormindo - outro dia mesmo, pela manhã encontrei os resto de uma aranha que possivelmente morreu quando eu me virei durante o sono. Já encontrei aranhas na minha toalha de banho, quando eu tinha terminado de tomar banho; antes que eu conseguisse pegar no sono, e, constrangedor ou não, já encontrei uma dentro do meu short - comigo dentro. Não faço ideia de como esta última chegou ali, se ela subiu na minha perna (não senti nada) ou se ela já estava ali, quietinha, depois de um bom tempo que eu já estava vestido. Eu apenas senti algo dentro da minha roupa e apertei, segurando o bicho. Após me despir foi que encontrei o culpado. E essa não foi a única vez que encontrei um inseto dentro do short, houve outra vez, no meio da noite, senti cócegas na coxa que continuaram depois de alguns segundos e apertei o bicho. Desta vez não era uma aranha, mas algo tão perigoso quanto: um caruncho. Este inseto tem uma substância ácida no corpo que é liberada ao ser esmagado, podendo queimar a superfície da pele. Minha tia Tereza teve problemas com esse inseto poucos dias antes, ela estava dormindo e um caruncho pousou na dobra do joelho e queimou a pele bem ali, num local que incomoda muito. Por sorte o inseto tem uma casca dura e não me causou nama mais que um susto, no entanto, ele é um inseto sazonal, de tempos em tempos (uma vez por ano, acredito eu) vários deles aparecem por noite, aumentando assim a chance de algum acidente. Isto sem contar que duas das espécies de aranhas perigosas ao ser humano - marrom e armadeira - poderia aparecer do nada.

O que eu fiz? Usei veneno aerosol... e assisti a aranha morrer lentamente.

Se sou sádico? Não, não me sinto orgulhoso por ter filmado a agonia do animal, apesar de estar aproveitando o material coletado. Isso nada mais é do que o retrato da minha realidade, rodeado por insetos e animais, selvagens ou domésticos, que vivem e morrem. Aliás, esta não é a primeira vez que publico sobre um animal que foi morto, ainda tenho material a ser publicado e provavelmente não serão os últimos...

Abaixo você confere as fotos da aranha, já intoxicada, e logo depois os vídeos que fiz, com a aranha agonizante. Levou mais de 10 minutos para que ela finalmente encolhesse as pernas - sinal definitivo da morte de uma aranha.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

FAUNA: COBRA CEGA OU COBRA DE DUAS CABEÇAS

Desculpe desapontar aqueles que procuravam pela brincadeira homônima, também conhecida como cabra cega, mas esta aqui é uma cobra cega de verdade!

Ela não é venenosa, tem o hábito de viver dentro da terra, e, por algum motivo estava fora dela quando minha mãe a encontrou passando pelo galinheiro. Apesar da pela escamosa, ela anda praticamente como uma minhoca, esticando e encolhendo os seguimentos do corpo para se locomover. Um de seus truques para enganar seus predadores, é erguer a cauda, praticamente igual a cabeça, assim, se atacarem a cauda, ela poderá morder o agressor que se confundiu - ganhando assim seu segundo nome, COBRA DE DUAS CABEÇAS. Ela é cega, ou praticamente cega, por possuir olhos atrofiados, ao invés dos olhos vidrados comuns a outras cobras.

Veja as fotos: