sexta-feira, 1 de agosto de 2014

FAUNA: PEQUENA LACRAIA

Lacraias são artrópodes com tamanhos variados. Anteriormente eu publiquei aqui fotos de duas lacraias com uns vinte a vinte e cinco centímetros de comprimento: FAUNA: LACRAIA OU PIOLHO DE COBRA. Esta, porém, encontrada próximo ao ralo do banheiro, tem apenas uns cinco centímetros.

Por isso, cuidado, lacraias grandes podem ser fáceis de detectar, mas uma pequenina dessas, tão venenosa quanto as grandes, também pode causar problemas.

Seguem as fotos...


quinta-feira, 31 de julho de 2014

FAUNA: COBRA MORTA


Mais um animal que foi morto e eu tirei fotos...

Talvez as pessoas sejam mais condescendentes e considerem certo matar este animal, afinal, era uma cobra. No entanto, discordo disso e por isso coloquei o aviso no início desta publicação. Não é de minha intenção simplesmente me aproveitar da situação infeliz de um animal, porém, volto a repetir, este blog é um retrato da minha vida no Sítio Dona Lô, em Pereiro - CE, e isto faz parte do que tenho vivido aqui.

Desta vez o animal foi encontrado no banheiro, possivelmente caçando as pererecas que vivem lá para comer - todo banheiro deve ter pererecas por aqui. Eventualmente, chamei meu pai e ele abateu a cobrinha, devia ter uns 50 cm, da cabeça a ponta da cauda. Acredito que não deva ser venenosa, não possuía traços claros como um 'pescoço' - espessura do corpo em relação a parte imediata atrás da cabeça, ou a fossa - espécie de narina que funciona como localizador, bem pronunciado em cobras como a cascavel. Por outro lado, a espécie não foi reconhecida, poderia ser uma cobra de viado, mas os desenhos em suas escamas não deixaram isso evidente. De qualquer forma, animais selvagens são novidade para mim e tirei as fotos que verão a seguir. Já devo ter visto mais de cinco cobrar ao longo do último ano...

FAUNA: RAPOSA PRESA EM ARMADILHA


ATENÇÃO: Esta publicação conténs imagens de uma raposa presa numa armadilha conhecida por aqui como arataca - que se assemelha com aquelas armadilhas cheia de dentes afiados dos desenhos animados - do tipo que, ao ser pisada, prende o animal pela pata. A armadilha apenas prende com grande força, machucando um pouco pelos dois pequenos dentinhos dela, não fazendo grande estrago, a não ser que o animal pego seja justamente pequeno.

Este animal não estava sendo caçado, ele simplesmente acabou caindo na armadilha, cujo real intento era prender um viado, ou algum animal de porte grande, que estava comendo as folhas da plantação próximo ao Sítio Dona Lô e, portanto, invadindo região que não pertence ao seu habitat. Já havia sinais de que havia um viado rondando a região, mas ele nunca foi pego.

Infelizmente, a raposa teve de ser sacrificada no mesmo local, a armadilha prendeu suas duas patas dianteiras e não há na cidade nenhuma ajuda dedicada aos animais.

Este é um caso triste, pelo que sei, a região mais adentro da mata, ao longo da estrada para a vila dos Balços que fica a 18 km daqui do Sítio, ou mesmo na região além deste local, é usada para caça. Ao longo dos anos, por causa das caçadas, poucos animais ainda sobrevivem nessas matas de clima seco e sem grandes árvores, o que facilita encontrar os animais. Da fauna local, o animal mais caçado é o Tatu, por ser incrivelmente fácil acua-lo e prendê-lo. Sua carne é muito apreciada pelos moradores do nordeste, especialmente aqueles que podem pagar bem por um único espécime.

A caça é proibida, no entanto, não há fiscalização séria. nem vistorias ou postos de observação que possam coibir o tráfico de animais silvestres. Mesmo porque todas as regiões da cidade, pelo que me parece, pertencem a alguém e não há nenhuma reserva natural que limite o acesso a mata.

Existem animais incríveis escondidos nesta região serrana, pena ninguém sabe valorizá-los pelo que eles são...


quarta-feira, 30 de julho de 2014

MEUS GATINHOS: 4ª SEMANA


Mais uma semana... E ainda não sei o que fazer...

Por um lado, os gatinhos precisam sair de casa, aproveitar o dia. Por outro, temos cachorros nada calmos (costumam se soltar de suas correntes) e sempre tem algum cachorro passando pela estrada - principalmente o cachorro do meu tio, que é solto e gosta de ficar roubando qualquer coisa que ele considere comestível - como os pratinhos de água (acho que meu tio não tem deixado comida suficiente pra ele).

Na madrugada de segunda para terça-feira , choveu um pouco, uma chuvinha bem fraca, mas que conseguiu deixar o piso úmido (temos infiltração no piso); não tenho certeza se por isso, mas a Preta, a mãe dos gatinhos, mudou de lugar na manhã de ontem. Aliás, ela não usa mais a caixa de papelão há uma semana. Agora ela está do lado de fora do quartinho, mesmo a comida estando dentro do quartinho, a caixa de papelão estando lá dentro. Isto sem contar que ela tem o péssimo hábito de querer ficar dentro de casa o tempo - não temos caixa de areia e ela precisa sair pra fazer as necessidades.

A vizinha Maria Lúcia, que teve os filhotes de suas gatas divulgados aqui, me contou outro dia que uma de suas gatas, que estava prenha novamente, sumiu; possivelmente por causa de algum cachorro.

Na segunda, dia de feira, meu primo perguntou: "Já escolheu com qual vai ficar?" Isso me lembrou que, mais cedo ou mais tarde, os gatinhos não terão um final feliz... *suspiro*

Tem pessoas que acreditam que viver num Sítio é a maior maravilha do mundo, possivelmente por terem visto uma chácara bonita, com piscina, uma criação grande de animais talvez... A verdade é que isso está longe de ser um lugar paradisíaco, é apenas um lugar simples, que adoraria uma boa reforma, mas que não verá nenhuma mudança por enquanto. Nem um lugar próprio para jogarmos o lixo fora nós temos - os que podem ser queimados são incinerados; outros, como vidro, são jogados num buraco deixado por um cajueiro que foi arrancado por ficar bem em cima da cerca que separa o terreno da estrada. Sem contar que a minha mãe se machucou uma vez com um caco de vidro que ficou no chão, jogado fora há tempos em local inapropriado. Ainda há cacos de vidro por aí...

O que acontecerá ainda não sei... Provavelmente nada e a vida tomará o rumo que sempre tomou... Talvez algo novo acontece e mude tudo... Mas não acredito nisso... Não mais...


A MORTE DA ARANHA

Desta vez eu não estou documentando a vida selvagem ou doméstica dos animais, desta foi a vez da morte...

O assassino? Eu...

Por quê? Porque sim... Várias aranhas como esta, que não são tão pequenas, entram dentro de casa durante a noite ao longo da semana e não conseguem sair e sim, me incomodam, pois podem simplesmente subir na minha cama enquanto estou dormindo - outro dia mesmo, pela manhã encontrei os resto de uma aranha que possivelmente morreu quando eu me virei durante o sono. Já encontrei aranhas na minha toalha de banho, quando eu tinha terminado de tomar banho; antes que eu conseguisse pegar no sono, e, constrangedor ou não, já encontrei uma dentro do meu short - comigo dentro. Não faço ideia de como esta última chegou ali, se ela subiu na minha perna (não senti nada) ou se ela já estava ali, quietinha, depois de um bom tempo que eu já estava vestido. Eu apenas senti algo dentro da minha roupa e apertei, segurando o bicho. Após me despir foi que encontrei o culpado. E essa não foi a única vez que encontrei um inseto dentro do short, houve outra vez, no meio da noite, senti cócegas na coxa que continuaram depois de alguns segundos e apertei o bicho. Desta vez não era uma aranha, mas algo tão perigoso quanto: um caruncho. Este inseto tem uma substância ácida no corpo que é liberada ao ser esmagado, podendo queimar a superfície da pele. Minha tia Tereza teve problemas com esse inseto poucos dias antes, ela estava dormindo e um caruncho pousou na dobra do joelho e queimou a pele bem ali, num local que incomoda muito. Por sorte o inseto tem uma casca dura e não me causou nama mais que um susto, no entanto, ele é um inseto sazonal, de tempos em tempos (uma vez por ano, acredito eu) vários deles aparecem por noite, aumentando assim a chance de algum acidente. Isto sem contar que duas das espécies de aranhas perigosas ao ser humano - marrom e armadeira - poderia aparecer do nada.

O que eu fiz? Usei veneno aerosol... e assisti a aranha morrer lentamente.

Se sou sádico? Não, não me sinto orgulhoso por ter filmado a agonia do animal, apesar de estar aproveitando o material coletado. Isso nada mais é do que o retrato da minha realidade, rodeado por insetos e animais, selvagens ou domésticos, que vivem e morrem. Aliás, esta não é a primeira vez que publico sobre um animal que foi morto, ainda tenho material a ser publicado e provavelmente não serão os últimos...

Abaixo você confere as fotos da aranha, já intoxicada, e logo depois os vídeos que fiz, com a aranha agonizante. Levou mais de 10 minutos para que ela finalmente encolhesse as pernas - sinal definitivo da morte de uma aranha.