A PEQUENA BRUXINHA
Escrito por: Dominus
Salomon Lee
Revisto e editado por:
Victório Anthony
A porta
abriu-se bruscamente. A mãe, que lia concentrada um livro no sofá, assustou-se.
Sua filha adentrou a casa correndo, fechando a porta atrás de si e largando a
mochila em um canto da sala. Chorando apressou-se direto para os braços da mãe:
— O que foi filha? O que
aconteceu?! — perguntou a mãe envolvendo a filha em um abraço consolador.
A pequena
ainda com o rosto afundado no peito da mãe, respondeu:
— Mãe,
lembra-se do feitiço de explodir as coisas que você me ensinou?!
A mãe fez uma pequena pausa
lembrando-se do truque que tentara ensinar a filha há alguns dias. A aula era
sobre explodir objetos com um simples estalar de dedos. Sua filha, porém, não
era boa aluna.
— Sim, eu me lembro... Tudo o
que você deveria fazer era se concentrar naquilo que queria explodir e estalar
os dedos. Muito simples.
— Não tão
simples assim!— disse a filha levantando o rosto para olhar nos olhos da mãe.
Seus olhos
agora expressavam indignação e raiva, deixando sua mãe perplexa. Logo a pequena
prosseguiu:
— Hoje, no
ônibus escolar, depois das aulas, uma menina estava ouvindo música no celular
sentada bem do meu lado. Aquela maldita... Além da musica estar irritantemente
muito alta, era horrível! Ela tinha um péssimo gosto! Havia também varias
outras meninas ouvindo música alta no celular. Era insuportável... Eu ia
enlouquecer!
— Acho que
agora entendi, você explodiu o celular dela sem querer com o feitiço que lhe
ensinei, foi isso?! — indagou a mãe pondo a filha sentada sobre o colo.
A garota
novamente afundou o rosto no peito da mãe tentando conter as lágrimas que lhe
molhavam o rosto. E respondeu, soluçando:
— Era essa
minha intenção...
— Afinal filha,
o que foi que aconteceu?!
— Quando estalei os dedos
tentando me concentrar no celular barulhento dela, as meninas... Eu não queria
mãe, eu juro que não queria... — aflita, a mãe ficou em silêncio, esperando o
que ela queria dizer.
Após longos
segundos, a menina confessou:
— Não foi o
celular que explodiu... Foram as cabeças...
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