FAUNA: SERPENTE

Encontrei esta belezinha logo depois que desci do ônibus próximo a casa do meu tio Leonardo, descendo a ladeira que fica aqui perto. Ela rapidamente se escondeu no mato, mas pude tirar estar fotos (ao final, alguns detalhes das mesmas).

Para quem ainda não sabe, Pereiro não possui ônibus público, quando possível, a população pode aproveitar uma carona no ônibus escolar - por isso os horários são rígidos, se você não estiver lá para pegar o ônibus, você terá de ir a pé. Daqui do Sítio de Fora até o centro urbano de Pereiro são cerca de 7 km (uns 6km e meio, segundo o contador do carro), o que, a pé, leva cerca de uma hora e meia para ser percorrido - sem contar no cansaço e que é improvável ficar carregando todas as compras do mercado nos braços na volta. Pereiro ainda possui um sério problema com suas estradas de terra, que precisam ser limpas de pedra e cascalho, ter o mato que a rodeia cortado ou mesmo usar piçarra para tampar os buracos feitos pela chuva ao menos uma vez por ano. Há poucas semanas a máquina que passa limpando as pedras passou aqui na estrada do Sítio Dona Lô, mas o que parecia limpo voltou a ficar cheio de pedregulhos, sem nem ter chovido ainda. Para a população só resta além do ônibus a saída de pagar por um táxi ou mototáxi, ou ter seu próprio carro ou moto. Meu pai, por exemplo, achou mais interessante um carro, enquanto meu tio Leonardo trocou uma vaca e seu bezerro por uma moto. Eu gostaria de dizer que isso basta, mas não dá, a manutenção de um carro sai caro para quem não tem dinheiro sobrando e, daqui a uns dois meses, será necessário trocar o óleo do carro e pagar uma tacha anual do documento (não é IPVA, o carro é tão velho que não precisa mais pagar o imposto). Sem contar que não tem uma grande oficina de carros aqui - peças novas mesmo só em outra cidade. Sinceramente, não vejo grande saída, e volto sempre a mesma conclusão: Pereiro não é lugar para quem não tem dinheiro...

Agora, as fotos...